Funcionalismo prepara resistência ao desmonte do Banco do Brasil

Bancários Rio
Segunda, 03 Novembro 2014 19:49

Funcionalismo prepara resistência ao desmonte do Banco do Brasil

O novo alvo do desmonte do Banco do Brasil no Rio de Janeiro é a Gerência de Comércio Exterior (Gecex). A ideia do banco é retirar toda a área operacional da Gecex até janeiro de 2015, mantendo somente o setor negocial. Os serviços serão centralizados em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba. O ataque não se limitará ao Rio de Janeiro, cortando vagas também em praças importantes como Brasília, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza, entre outras.
Nesta segunda-feira (3), a diretoria do Sindicato se reuniu com os funcionários da Gecex. Foi definida uma série de atividades visando barrar o desmonte, entre elas procurar canais institucionais nas esferas federal, estadual e municipal para mostrar os impactos decorrentes da transferência destes setores sobre a economia do estado. Serão feitas articulações, também, junto ao Poder Legislativo em todos os níveis. Além destas iniciativas, parte do processo de resistência será organizar, primeiramente, um ato público na porta do edifício-sede do Banco do Brasil (Sedan), na próxima quinta-feira (6/11), às 12h30. Outra mobilização proposta é a organização de um Dia Nacional de Luta Contra a Reestruturações no Banco do Brasil, a ser decidida na reunião da Contraf-CUT nesta quarta-feira (5).
Ataques ao funcionalismo
A reestruturação prevista trará prejuízos para o funcionalismo. Além do corte de vagas que gira em torno de 50% dos funcionários da gerência, as mudanças acarretarão também perdas de remuneração, na medida em que aqueles que forem colocados como excedentes terão que procurar uma nova localização, sem garantia da manutenção da função exercida. O "processo seletivo" que o BB usa para tentar legitimar esta operação, na verdade trata-se da execução de uma linha de corte, colocando, ainda, os funcionários uns contra os outros. Outro aspecto desumano é que não estão abertas vagas nas áreas-meio do banco, desconsiderando a qualificação profissional específica de cada um, obrigando-os a buscarem vagas em áreas que nunca trabalharam.
Contradição com o governo
O desmonte orquestrado a toque de caixa e imposto pela diretoria do BB vai contra a carta da presidente Dilma Rousseff direcionada aos trabalhadores dos bancos públicos federais. No documento, a presidente reafirmou "o compromisso com o diálogo e com valorização dos funcionários dos bancos federais". O discurso é diametralmente oposto ao que tem sido a prática cotidiana da direção da empresa.
O fato, por si só, justificaria a suspensão imediata de todas as reestruturações em curso dentro do banco, tal como foi solicitada, através de ofício, pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, no último dia 28.
Perdas para o estado
A Gecex do Rio de Janeiro é a maior de todo o país. Além de movimentar cerca de US$ 150 milhões por dia, faz negócios com milhares de empresas públicas e privadas envolvidas em importação e exportação. Outro fato a ressaltar é que o Rio de Janeiro, capital, será, daqui a dois anos, a sede das Olimpíadas, e passará por um intenso processo de revitalização da Zona Portuária que prevê um incremento substancial dos negócios internacionais no estado. Tais fatos justificam não só a manutenção da estrutura atual da Gecex, como a sua expansão no Rio de Janeiro. Não há motivo que explique a posição da diretoria da empresa, sob quaisquer aspectos.

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