Caffarelli assume secretaria-executiva da Fazenda

VALOR ECONÔMICO -SP | BRASIL

Leandra Peres, Cristiano Romero e Alex Ribeiro | De Brasília

O vice-presidente de atacado, Negócios Internacionais e Private Bank do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, vai assumir a secretaria-executiva do Ministério da Fazenda. Ele se integra à equipe com a missão de aumentar a interlocução com o setor financeiro e privado e é, na prática, o vice-ministro. A secretaria-executiva está vaga desde a saída do economista Nelson Barbosa, no ano passado.

Além de cuidar da burocracia interna do Ministério da Fazenda, a secretaria-executiva faz a interlocução com o Congresso Nacional. Durante a gestão de Barbosa, funcionou como o principal centro de formulação de políticas do ministério. Dyogo de Oliveira, que vem respondendo interinamente pela secretaria, continuará na equipe como secretário-adjunto.

Caffarelli é um técnico de carreira do Banco do Brasil. Paranaense, filho de um frentista de posto de gasolina, entrou no Banco como menor aprendiz. Reúne, ao mesmo tempo, as qualidades de ter profundo conhecimento do funcionamento da máquina do governo e também do setor privado. Também tem bom trânsito no Congresso. É economista, com mestrado pela Universidade de Brasilia. Também é graduado em direito e tem especializações em finanças e em Comércio Exterior.

Há alguns anos, como presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs), Caffarelli trabalhou na regulamentação da industria de Cartão de Crédito, fazendo a ponte do Banco Central com o setor privado.

Trabalhou recentemente na modelação do financiamento para os projetos de financiamento de Infraestrutura. No ano passado, Caffarelli esteve à frente da oferta pública das empresas de seguridade do Banco do Brasil, que representaram a maior operação no mercado ocorrida durante o ano.

No Banco do Brasil, faz parte do trio que é considerado o braço-direito do presidente do Banco, Aldemir Bendine, ao lado do vice-presidente de varejo, Alexandre Abreu, e o de gestão financeira e relação com investidor, Ivan Monteiro.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, espera que Caffarelli desempenhe na sua equipe também a função de falar com o setor privado, incluindo não só banqueiros, mas também empresários e economistas. Hoje, Caffarelli tem agendada uma reunião com Mantega para tratar dos últimos detalhes da nomeação.

Caffarelli não será o primeiro funcionário do Banco do Brasil a assumir o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda. A instituição tem sido um provedor de talentos para o governo. Maílson da Nóbrega é um exemplo e, em seguida, virou ministro da Fazenda.

Atualmente, o Banco do Brasil tem um integrante no Banco Central – Aldo Mendes, o diretor de Política Monetária, que também já presidiu o conselho deliberativo da PREVI, fundo de pensão do Banco do Brasil.

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